Antes mesmo da análise direta dos tipos personalísticos, uma questão interessante salta aos olhos daquele que começar a estudar o Eneagrama: a peculiar estrutura do círculo eneagramático.
Ele não é nem um polígono regular de nove lados (um eneágono), e nem um entrelaçamento de três triângulos equiláteros.
Ao invés, trata-se de um grande triângulo equilátero, com vértice para cima, entrecortado por uma série de setas interconectadas que formam quatro triângulos escalenos, nas quais cada um dos seis pontos não pertencentes ao triângulo equilátero se conectam a outros dois.
A explicação para isto reside na relação entre o ternário e o setenário. O ternário exprime a manifestação orgânica e articulada da Unidade divina, representando o número da divindade. Já o setenário é considerado o número do homem, vez que implica a soma do ternário divino com o quaternário da Criação.
Pois bem. Ao dividirmos o ternário pelo setenário (3:7), temos a seguinte número racional: 0,428571428571...
Uma mirada mais atenta revela nesta divisão precisamente a sequência assumida pelas flechas exteriores ao triângulo no diagrama.
Na verdade, o desdobramento da sequência mostrará uma especial relação entre os Tipos, que será analisada oportunamente.
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