Uma verdade preciosa, mas difícil de interiorizar:
Aquilo que buscamos
A nossa carência
Aquilo que suplicamos em nossas preces
O nosso mais profundo anseio
É o que precisamos dar.
Aquilo que nos falta
É, precisamente, o que nos falta dar.
Doar o que se deseja para si é a maneira mais plena de, finalmente, tê-lo.
A abundância só existe na partilha. Quem não vive na abundância não percebe a imensidão de recursos com que é cumulado: tempo, saúde, inteligência, liberdade, família, comida, ar, água, oportunidade, vida, etc, etc, etc...
O avarento tem tudo - e chora constantemente a sua miséria.
O medroso se acautela de tudo - e tudo para ele é risco.
O infeliz não encontra alegria em nada - porque nunca se permite alegrar alguém.
O fracassado fallha sempre - porque não celebra o estar vivo como a maior vitória.
É como a falta de ar: não é o ar que falta, falta conseguir respirar. Receber o ar de fora e entregar o ar de dentro.
"Olhai as aves do céu", disse aquele que não tinha duas túnicas, que não tinha onde reclinar a cabeçar, mas que afirmar, altaneiro, que "venceu o mundo".
A carência lança, no chão do real, uma sombra chamada desejo. Silhueta projetada por uma luz chamada vontade.
Ambos visam a satisfação, mas com uma diferença: o desejo quer ser satisfeito. A vontade quer satisfazer.
O que te falta? O que você tem desejado?
O que te sobra, por trás disto? O que você tem recusado querer?
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