Por fim,
registre-se que o desacoplamento conduzido pelo Doutrinador, na técnica
apométrica, também se verifica cotidianamente nas reuniões mediúnicas
tradicionais. A única diferença está em que este é realizado pela
Espiritualidade Superior sem participação direta dos encarnados.
Assim, a
distinção entre a Reunião Mediúnica tradicional e a Reunião Mediúnica
apométrica, no tocante ao item específico do desacoplamento perispiritual dos
médiuns, não significa a oposição entre ‘’reunião com desacoplamento’’ versus ‘’reunião sem desacoplamento’’,
mas entre modos de efetuar esta operação: no primeiro caso, com comando do
Doutrinador (obviamente, orientado pela equipe espiritual da casa), e no
segundo caso com toda a operação ficando a cargo da Espiritualidade.
8.1. Em qualquer modalidade, é
sempre a Espiritualidade quem faz o processo
Em ambos os
casos, porém, a operação de desacoplamento será sempre efetuada pela
Espiritualidade; na Apometria, o dirigente apenas deflagra verbalmente o
momento em que ela ocorre, ao passo que na Mediúnica Tradicional isto ocorre
sem comando verbal.
E, antes que se
veja a condução deste passo como algo que não deveria ficar a cargo do
dirigente/doutrinador, basta lembrar das preces de abertura e encerramento.
Elas são realizadas pelos encarnados (pensamos que a ninguém ocorra exigir que
sejam feitas por espíritos em comunicação); e o fato de que encarnados as façam
não significa coação ou ingerência no trabalho da Espiritualidade. É simples
marco organizatório que a Espiritualidade observa e respeita mais por
necessidade nossa do que dela.
Portanto, o
desacoplamento dos médiuns é operação rotineira, cuja sincronização com a
atuação dos encarnados cumpre importante papel de garantia de eficácia da
operação, pelo que se torna bastante salutar que o dirigente possa assumir o
controle desta tarefa.
8.2. Uma diferença de layout
Em face disto, a
única diferença realmente no layout das
reuniões mediúnicas tradicionais e apométricas (quanto a este item específico) se
dará quanto ao momento em que o desacoplamento se fará.
Se o dirigente o
deflagrar na abertura dos trabalhos, os médiuns serão desacoplados
sincronicamente.
Se não houver o
comando verbal, eles serão desacoplados:
a) ou
sincronicamente, mas sem que os encarnados percebam, por decisão da
Espiritualidade;
b) ou cada qual
a seu tempo, conforme os Mentores que trabalharem com cada médium executem
individualmente a operação.
8.3. O desacoplamento sincronizado
de todos os médiuns. Sua importância.
O recurso
trazido pela Apometria, a saber, o de efetuar o desacoplamento dos médiuns no
início dos trabalhos, e através de contagem de pulsos magnéticos pelo dirigente
encarnado, possui grande utilidade para a prática mediúnica.
Há duas
vantagens básicas: a de haver sincronização, e a de os encarnados saberem o
momento exato em que o processo ocorrerá.
A vantagem de se
efetuar o desacoplamento sincronizado dos médiuns está na simplicidade e na
potencialização da operação. É mais
simples, porque todos os médiuns se desdobram num único ato executivo. E há
potencialização porque o campo magnético deflagrado pelo dirigente com a
contagem e os pulsos permite à Espiritualidade desdobrar os médiuns em níveis
mais profundos.
8.4. Um exemplo de sincronização
fundamental: a prece de abertura.
Imaginemos se,
no início da reunião, cada membro fosse se concentrando a seu tempo, fazendo a
sua prece particular de início: seria um verdadeiro caos, não é mesmo?
É evidente,
pois, que a prece efetuada por um dos presentes facilita a concentração de todos,
e faz com que todos saibam, simultaneamente, quando de fato começou a reunião.
Por outro lado,
a prece efetuada por um e dinamizada pela atenção dos demais agiganta-se pelo
mecanismo da ressonância: os demais presentes farão o mesmo papel que a cavidade
acústica do violão, aumentando o efeito inicial, tornando a vibração “mais
alta’’.
8.5. O triplo fator de sucesso do
desacoplamento sincronizado
No caso do
desacoplamento perispiritual, a intensidade do campo magnético deflagrado pelo
dirigente, com a contagem verbal, aumentada pela concentração do grupo e
arrematada pela ação da Espiritualidade, facilitará a realização da operação,
com menor esforço das equipes espirituais, e menor desgaste do médium.
Portanto, são
três os fatores a colaborar paralelamente para a eficácia da operação:
a) o campo
magnético deflagrado pelo dirigente dos trabalhos;
b) a
concentração de todo o grupo (não só dos médiuns) na operação que está sendo
feita no momento
c) a ação da
Espiritualidade (que, na reunião tradicional, acontece sozinha, sem os dois
primeiros itens
8.6. A vantagem da
auto-preparação.
Soma-se ao que
foi dito a vantagem de o médium saber o instante exato do desacoplamento:
afinal, a sua concentração ajuda os outros, mas principalmente ele mesmo. Até
nas coisas rotineiras da vida é assim: faz diferença (inclusive fisiológica)
saber o horário em que sairá o almoço. Assim como o soar da sirene prepara
nosso corpo para almoçar, a contagem e os pulsos magnéticos preparam nossa
mente e nosso períspirito para o desacoplamento.
8.7. É técnico, e científico, é
eficiente: mas não é mágica.
Evidentemente, a
Apometria não significa apanágio mágico, e nem o dirigente apômetra terá nos
pulsos e na contagem uma varinha de condão: se o dirigente não estiver
preparado, se os médiuns não estiverem habilitados para o desacoplamento, se
faltar o devido amparo espiritual, ou se o dirigente tentar determinar a seu
bel-prazer o processo sem buscar a orientação espiritual para o fazer no
momento exato, nada acontecerá. Haverá apenas uma contagem numérica vã, e uma
ilusão de procedimento sem nada real acontecendo de fato.
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