Capítulo 4 – Lei do Mínimo Esforço
A
inteligência da natureza opera sem ansiedade, com harmonia e amor
O ser
integral conhece sem ir, vê sem olhar e realiza sem fazer (Lao Tse).
Tranquila
facilidade. Nenuma ansiedade.
Minima ação,
não resistência.
A grama não
se esforça pra crescer, apenas cresce. O peixe apenas nada. A Terra
gira. O Sol brilha.
Faça menos
e realize mais – Rig Veda.
Basta a
mínima idéia para que haja a manifestação.
O mínimo
esforço se dá quando as ações são feitas por amor, porque a
natureza se mantém unida pelo amor.
Quando se
busca poder e controle sobre as pessoas e coisas, se dispende
energia.
Quando os
atos são movidos por egoísmo, gasta-se energia numa ilusão de
felicidade.
Quando são
movidos pelo amor, se acumula energia, e a energia extra pode ser
canalizada para realizações ilimitadas.
Seu corpo
sabe controlar, acumular e gastar energia. Mas quando a atenção
está no ego, se este é o ponto de referência interno, este quer
controlar e gastar a maior parte da energia consigo.
Se a
referência interna é o espírito, domina o poder do amor e emprega
criativamente a energia para riqueza e evolução. É imune a
criticismo e não teme desafio.
Don Juan, em
a Arte de Sonhar: gastamos muita energia sustentando nossa empáfia.
Quando a reduzimos, duas coisas extraordinárias ocorrem.
Liberamos
energia antes gasta em tentar preservar nossa ilusão de grandeza.
Sobra
energia para contemplar a grandeza do Universo.
Três
componentes da lei do mínimo esforço:
Primeiro,
aceitação. Tudo é como deve ser. Este momento é o ápice de tudo
o que se viveu. E é asism porque todo o universo é assim.
Quando se
luta contra o momento, se está lutando contra o universo.
Você pode
querer que as coisas sejam diferentes no futuro. Mas tem que aceitar
como são agora.
Sua decepção
com alguém ou algo não é sua reação a eles, mas ao seu
sentimento em face deles. É responsabilidade toda sua o que você
sente, e você pode mudá-lo.
Isso o
possibilita assumir a responsabilidade pela sua situação e por tudo
que considera nela problemático.
Segundo,
responsabilidade.
Não culpar
ninguém, nada, nem a si mesmo, pelo que acontece. Mas assumir que
tem capacidade de dar uma resposta criativa àquela situação como
se apresente neste momento.
Todos os
problemas são oportunidades.
Todas as
pessoas são mestres.
A realidade
é uma interpretação.
O que você
atrai é o que você precisa agora. Há um significado oculto.
Aproveitá-lo
é a chave da evolução.
O terceiro
componente é a indefensibilidade.
Desarmar o
espírito, abrir a mão de convencer os outros do seu ponto de vista.
Passamos
noventa e nove por cento do tempo tentando defender nossos pontos de
vista.
A
desistência traz acesso a imensas quantidades de poder. E evita
enormes discussões.
Quando se
passa o tempo defendendo razões, culpando o outro e não aceitando
render-se ao momento presente, a vida transforma-se num embate de
resistências.
E sempre que
diante de uma resistência, forçar a situação só a aumentará.
Prosseguir
levará a ser como o carvalho que tomba na tempestade, por não saber
curvar-se como o bambu.
O passado é
história, o futuro é mistério. O presente é dádiva.
Abraçar o
presente faz acessar a centelha de êxtase que pulsa em todos os
seres sensíveis.
Faz adquirir
intimidade com a exultação do espírito em todas as coisas vivas.
Faz cessar
resistência, ressentimento e sofrimento.
Alegre e
livre, você sentirá que todos os seus sonhos estão disponíveis,
porque seus desejos não estão baseados na ansiedade e no medo, mas
na felicidade.
Não é
preciso se justificar.
Quando você
desce à não resistência, aliando aceitação, responsabilidade e
indefensabilidade, sentirá a vida fluindo com facilidade.
E se
permanecer aberto a todos os pontos de vista, sem prender-se a
nenhum, seus sonhos e desejos fluirão com os da natureza. Você
poderá liberar suas intenções, sem se prender a elas, que elas se
realizarão no momento oportuno. Pela lei do mínimo esforço.
Aplicação
da lei do mínimo esforço:
Praticar a
aceitação: hoje aceitarei pessoas, situações, coisas como se
manifestam. Sei que o momento é como deve ser, porque todo o
universo é assim. Não se voltar contra o universo, lutando contra o
momento presente.
Assumir a
responsabilidade pela sua situação e por todos os fatos
problemáticos. Assumir a responsabilidade é não culpar ninguém,
nada nem a si mesmo. Saber que o que se sente é escolha nossa, é
nossa reação ao que acontece, causada por nós, não pelo
acontecimento. Saber que todo problema é uma oportunidade. Que toda
pessoa é um mestre.
Desistir de
defender pontos de vista e de convencer e persuadir. Estar aberto a
todas as perspectivas, sem se prender a nenhuma delas.
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