Sou o Caos, sou a Fonte Criadora
Universo em infinita pulsação
Sou o Bem, Sou o Mal, Sou dentro e fora
Eu me chamo também Revolução
Eu Sou Érebo, a treva mais profunda
Nas entrahas do Caos: sou o Não-Ser
Nada sendo, minha luz tudo circunda
Porque sou, é que tudo pode ser!
Eu Sou Nix, Eu Sou a Noite imensa:
Atrás do Céu de Atlas... meu segredo
É o Passado Infinito que é Presença
A cantar para o Ser: ainda é cedo!
Eu Sou Éter, a Luz de todo o Ser
sem sombra, sem contrário e sem inverso
Tudo em mim é, ou foi, ou vem a ser
Eu Sou toda a Memória do Universo
Eu sou Hemera, eu Sou a Luz Criança
Todo dia a nascer da Escuridão
A Metade do Tempo, Eu Sou a Dança
Da Aurora sem fim: celebração!
Eu Sou agora a grande Terra escura:
Que do meu ventre Todo o Cosmo Saia!
Toda luz, todo ser e criatura
Eu Sou Máter, Matéria, Eu Sou Gaia!
Eu Sou também o Tártato, o Destino
De tudo que já veio à Existência
Sou o retorno ao Caos puro e divino
Eu Sou a Força da Impermaência
Sou a Luz da Primeira Afirmação
Do Ser que surge e diz ao mundo: Eu quero!
Tudo em mim é fecundo e é expressão
Da Vontade, do Amor, do Bem: sou Eros!
Antes que lá em cima o Céu desponte
Somos filhos da Terra, Monte e Mar,
Montes de Mar, e então Mares de Montes
Que a Mãe Gaia sozinha fez brotar!
Eu Sou Urano, Eu Sou o grande Céu
E do ventre de Gaia um dia eu vim
Para depois cobri-la com o véu
infinito de estrelas que há em mim!
As armas e os barões assinalados
Da praia ocidental Mediterrânea
Mas os deuses serão ainda criados
O Olimpo é na próxima semana...
Thiago El Chami
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