Dia 01 - Chesed de Chesed
A 1a Semana é dedicada a Chesed, esfera que significa Bondade. Associada a Júpiter.
E o 1° Dia é Chesed de Chesed: Bondade na Bondade.
O Maior dos Mandamentos do Rabi Yeshua ben Youssef, o qual, aliás, já não era novidade em solo hebreu, é 'amar ao próximo como a si mesmo'.
Como a si mesmo: eis a medida desse amor.
Amá-lo mais do que a si é a fantasia romântica irreal das canções e novelas.
Amá-lo sem amar a si é uma impossibilidade: como dar o que não se tem?
Como dar o que não se recebe? Como dar o que não se dá a si?
Amar o próximo na exata medida do autoamor, eis o mandamento.
Amar a si mesmo é a raiz, o princípio, o motor desse amor.
Notem a diferença do 'amar a Deus acima de todas as coisas'.
Acima de todas as coisas: inclusive de si mesmo. Aí sim.
Mas considerando que Deus também vive em cada um, o amor supremo a Deus é, por sua vez, a raiz, o princípio o motor do autoamor.
O princípio do princípio. A Bondade da Bondade.
Amo-me porque amo a Deus acima (e dentro) de todas os entes, e eu sou um deles.
Amo o próximo porque amo, antes de tudo, a Deus que está presente nele.
Amar a si mesmo é condição de um ego saudável. É preciso ter um ego saudável para amar o próximo.
Um ego frágil, que quer dissolver-se no ente amado, não ama-o: se projeta nele.
Ama-o (tenta) na tentativa de amar a si. Carência.
Quando o amor é saudável, não há projeção, mas extensão: estendo o autoamar-se de Deus em mim e incluo o outro.
Quando vejo, no outro, o próximo, me torno o próximo dele. Ao mesmo tempo. Caridade.
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