Sefirat ha'Omer Semana 1 Dia 3: Tiféret de Chesed - Equilíbrio na Bondade

 

Equilíbrio na Bondade


Sefirat ha'Omer

Semana 1 Dia 3: Tiféret de Chesed


Disciplina e Bondade: dois pilares da Árvore da Vida.

Mas árvore que se bifurca requer tronco forte.

Senão, como abrir os galhos?

No meio dos Caminhos, o Caminho do Meio.

Repara bem, e vê que braços são extensões do teu peito. 

Eis o Pilar do Meio, o Caminho do Coração. 

No Centro da Árvore, Tiféret: Beleza ou Equilíbrio. 

O que é Beleza, senão uma Harmonia que brilha?

Equilíbrio na Bondade: nem dar de mais, nem de menos. 

É o ensino das Ordens da Ajuda. 

A maior ajuda à Vida é dar só a quem precisa. 

Salvo quem não pode exprimir vontade, quem não pede ajuda não precisa de MIM. 

Ajudar a quem não pede? Só se ele já indicou se e quando posso agir em seu favor. 

Senão, a ajuda é inútil ou nociva. 

"Um presente mal dado constrange quem dá e quem recebe", dizia minha avó. 

Ajuda ruim atrapalha o outro e prejudica a mim. 

Para saber dar (Mão Direita), aliás, há que aprender a tomar (Mão Esquerda). 

Pois a gente é concebido, gestado, nasce e cresce tomando. 

Tomar só o necessário transforma a criança em adulto. 

No mesmo passo, me torno adulto dando só do que tenho. 

(E aprendo a ter, adquirir, produzir, para dar-me, e então dar). 

Onde na vida me infantilizo tomando demais ou dando o que não posso? 

Tomo o que é do outro e dou o que nem é meu?

Onde ainda procura o seio? 

Onde quero nutrir filhos crescidos, não-filhos ou mesmo adultos?

Colocar-se como adulto diante de outro o ajuda a adultecer. Maior ajuda que posso dar, condição de toda outra. 

Isto é Equilíbrio e Harmonia. Isto é Caminhar em Beleza. 

Por fim, ajudar é fazer o melhor à Vida do outro mais que ao seu desejo. 

Isto pode incluir deixá-lo aprender com a frustração. 

Ter empatia ao sistema mais que ao indivíduo é aprender a amar sem julgamento. 

Pois julga quem não dá por achar que o outro não merece.

Mas também julga quem dá por pena, o supondo fraco. 

Ajudar com discernimento (sem julgamento) é dar sem ver no outro a fraqueza de precisar, mas a força e o direito de receber. 

Com isto, saio do lugar arrogante do doador/redentor, que salva o outro com a ajuda, por supostamente ser melhor e mais forte do que ele. 


por @thiagoelchami

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