O PECADO ORIGINAL – UM
MISTÉRIO
A Vida é plástica,
infinitamente adaptável. Este trunfo vira prisão quando a Peste
Emocional a utiliza para seus fins.
Os homens se
unirão sempre para matar quem ousar colocar a questão fundamental:
como, em nome de um Deus misericordioso, pudemos chegar a esta
situação terrível, a este pesadelo de uma prisão? Por que o
homem perdeu o paraíso? O que na verdade ele perdeu quando caiu
vítima do pecado?
A bíblia é
o grande livro do homem aprisionado. A história de suas angústias e
lutas, glórias e esperanças no cativeiro.
As bíblias
de todos os povos contam a história da luta do homem contra o pecado
do homem.
Falam muito
da prisão, mas pouco da maneira pela qual o homem caiu na armadilha.
A porta de
saída evidentemente é a mesma por onde ele entrou quando foi
expulso do paraíso.
Mas ninguém
fala disso. Na bíblia, toca-se em poucas frases veladas.
A queda de
Adão e Eva foi sem dúvida alguma transgressão das leis de Deus na
esfera genital.
Eles não
tinha consciência da nudez, nem vergonha.
Tudo foi
obra da serpente, que era o mais belo dos animais então. E é o falo
masculino. O Símbolo da Vida. Transformou-se no mais feio réptil.
Por que a
árvore do conhecimento, que nos permitira viver como Deus, conforme
Sua Vontade no paraíso, seria proibida? Ou será que isto é
lembrança distorcida do homem cativo que acha que o conhecimento
leva à expulsão do paraíso e ao sofrimento eterno?
A massa
humana, afastada da Vida, ofereceu terreno propício para padres e
profetas, reis e rebeldes. E para partidos, que defendem ora a
conservação da lei e da ordem na prisão, o progresso da vida na
prisão, o autogoverno das massas na prisão ou mesmo a liberdade do
povo na prisão.
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