Capítulo 1
– Experiência, conhecimento e amor.
Simbolizamos
a meditação e mesmo a vida como peregrinação porque vemos mudança
contínua e crescimento inesperado em algo que continua
essencialmente o mesmo.
O Caminho
real é a criação da pessoa que somos. Caminho único e que nos
coloca em união com todos os outros. E com toda a criação.
A unicidade
da vida é ordenada, centrada e cheia de propósito.
Viver nosso
caminho, descobrir a si mesmo, permitir que a vida se realize em nós.
Três
estágios, tanto da caminhada quanto de cada evento:
a)
experiência – caminho dos sentidos
experimentar,
aumentar o conteúdo da consciência, sem ainda encontrar o sentido.
Estágio
mais sensorial.
Não é mau,
mas incompleto. Não podemos experimentar tudo, por não sermos
oniscientes.
Frustração
do anseio de plenitude desta adolescência espiritual. Ansiedade e
depressão.
Acumular não
é solução.
b)
conhecimento – caminho da mente
desapego –
da experiência bruta ao conhecimento integrado.
Estágio
mais mental. Vida na mente.
Busca das
idéias-chave universais, aptas para todas as portas.
Consciência
mútua no relacionamento, mas ainda suscetível de cera luxúria nas
idéias, o desejo de possuir o que amamos.
Infinitude
da mente. Círculo ou espelhos contrapostos. Não eternidade, apenas
imagem dela. Reflexos e conexões inesgotáveis.
Risco de se
tornar cínico e negador da verdade absoluta.
Risco de
desistir da peregrinação, de ser levado pelo espírito da verdade,
para ser levado pela multidão e convenções sociais.
Problema:
para onde ir daí? O que fazer?
c) amor -
caminho espiritual ou do coração
transcendênia
do sensorial e do mental.
Encontro com
uma tradição espiritual viva.
Novo começo.
Infinito,
não porque circular ou especular, mas porque é a dimensão de Deus.
Nele, mundo
dos sentidos e da mente, experiência e conhecimento, estão unidos.
Conhecer
algo aí é experimentá-lo e experimentá-lo é conhecê-lo com
absoluta verdade.
Nem a
tristeza do finito, nem a finitude do infindável, mas o desafio da
plenitude da experiência e do completo entendimento: não
experimentar nem conhecer tudo, mas amar tudo.
Caminho do
universal.
Até chegar
a esta porta, tensão do geral e do particular, do mundo e eu, dos
outros e eu.
Universal
ameaçador.
Fé –
ultrapassar instinto de sobrevivência. Compromisso diário.
Perseverança.
O universal
apenas é abstrato. Estranhamo-nos na normalidade do eu e do mundo.
Tudo e todos
parecem atrapalhar. Multiplicidade atordoante. Particularidade
irritante.
Endurecimento.
O olho de
luz de Jesus, o olho saudável, é o do coração. Despertá-lo é a
meditação.
Trazer a
mente e a experiência para o coração.
O caminho é
o do simples compromisso. Compromisso com o mantra, com a disciplina
da fé e amor a esta disciplina.
Somente
vemos Jesus quando o amamos.
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