Leveza na Tolerância
Sefirat ha'Omer
Semana 4 dia 5 - Hod de Netzach
Vivemos na Era da Informação.
No tempo da imprensa apenas escrita, a coisa já era absurda
uma edição do New York Times já trazia mais informação
do que uma pessoa comum teria acesso em toda a vida 150 anos antes.
Hoje, então, com a informação digital a diferença é incalculável.
O que é bastante curioso, pois
informações são diferenças
e dígitos são coisas com as quais calculamos.
Computadores são compostos de hardware e software.
Hardware, a parte 'dura', material, é o aparelho e suas peças.
Software, a parte 'leve', virtual, é o sistema e seus programas.
A capacidade de um computador depende
do potencial do conjunto aparelho-sistema em processar dados.
Para isto, o software precisa ser realmente soft.
Um sistema 'pesado' não consegue ser processado pelo suporte físico.
De maneira análoga, assim funcionamos em nossa capacidade de lidar com o mundo.
Suportar o outro, o mundo, a vida, significa tolerar.
Tolerância é a medida da capacidade mental, emocional, cultural de processar a diferença.
De interiorizar e compreender a complexidade do mundo.
Mas, se o meu código de tolerância (software) é muito complexo, ele trava.
A tolerância, para funcionar, há que ser leve.
Se me é difícil suportar a diversidade afetiva, ideológica, étnica, religiosa, que programa estou rodando?
Qual o software profundo do qual estou sendo dócil aparelho executor?
Se um haltere está pesado para mim, meu músculo não consegue processá-lo.
Ou preciso fortalecer meu hardware (meu corpo).
Ou aquele exercício naquela condição de peso (programa) é inexecutável.
Praticando, os músculos da tolerância se desenvolvem.
O diferente talvez sempre cause estranheza. É da condição humana.
Mas ele será computado, compreendido, integrado, incluído, tolerado.
E eu irei aprender com ele, pois é o que acontece quando interiorizo informação.
E o que irei aprender?
Que eu também sou diferente.
Thiago El-Chami
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