O conhecimento de Deus em Espinosa é semelhante à contemplação
pura de Aristóteles, que é pensamento do pensamento.
Não consiste em atuar sobre o objeto porque não há objeto posto,
positivo, mas uma objeto negativo.
O objeto do conhecimento de Deus é o si mesmo, o qual sofre uma catarse
cognitiva, prática e afetiva.
É a dissipação das ilusões, dos anteparos que causavam a ilusória
dispersão da luz natural do entendimento, que fará com que ela ilumine tudo.
Claro que tal ordem de ideias só se faz presente no âmbito
metafísico. porque do Puro plano da atomicidade e entidade ontológicas, do plano do conhecimento do real, e da apreensão do ente como ente, é
absurda a tese da possibilidade de uma integração Absoluta da atenção, da obtenção de um estado de consciência pura, a completa desaparição de todo e
qualquer objeto, a nulificação da experiência.
Talvez seja isto que proponha a experiência budista do Nirvana.
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