VII – Variações sobre o livre-arbítrio e o conhecimento
O homem nada pode fazer por si. Deve deixar que Deus o faça. Deve
buscar que ele o faça, conhecendo-o.
Conhecer é se perder no objeto é dissolver-se. Mas há uma
diferença entre o objeto mutável e contingente e o objeto eterno, Deus.
Os objetos são causas ocasionai do conhecer: suscitam mas não
determinam o juízo. Em linguagem moderna podemos dizer que são motivação e não
causalidade do juízo.
Liberdade não é ausência de necessidade mas de coação: não é
ausência de motivação interna mas de necessidade ou causa externa.
Liberdade é ser não é vazio (falta de determinações). É plena de sentido e ação.
É o anteparo da finitude que impede todo da Liberdade atualizar-se.
É a canalização da atenção, diferente da focalização intensiva.
A autoconservação é a base da ética: perseverar valentemente em
seu ser, eis a virtude.
Virtude é mais afirmação de ser que os afetos brandos da dor ou da compaixão.
É força honra alegria de viver, compreender o seu destino e morar nele.
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