A Vontade de Saber - o sexo como arma dupla da biopolítica

O sexo como arma dupla da bio-política

No contexto do bio-poder, é esperado que todos os fenômenos vitais sejam apreciados pela ótica do poder em uma sociedade normalizadora. 

O sexo, porém, possuiria, para Foucault, um status especial: ele serve como uma espécie de dupla arma do poder: como meio de disciplina do corpo e de regulação da população.

O sexo faz parte da vida individual. É lugar onde o poder encontra fonte de adestramento, sujeição, controle de forças e energias. É lugar de exercício de liberdade e, por isto mesmo, alvo premente de controle.

Contudo, o sexo também é fator essencial na vida coletiva. É dele que brotam os fenômenos populacionais positivos: nascimento, fecundidade, etc.


Por isto, ele ao mesmo tempo suscitará uma microfísica, que analisará suas manifestações privadas, sinais, efeitos, aspectos, modos e derivações, e uma análise em esfera macro, ao nível das estatísticas, da totalidade, do social, do populacional. 

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