Logo após a morte do pai e o sumiço da irmã, Jeziel é conduzido à prisão, onde permanece por um mês, a recuperar-se das feridas da flagelação, a fim de ser deportado nas galés.
Manteve a serenidade, apesar do semblante marcado pelos extremos sofrimentos. E conservou a fé de um dia reencontrar a irmã.
Agora escravo numa galera romana, submetia-se ao trabalho pesado dos remos, no porão, com serenidade. Encorajava os demais escravos, e tinha sempre uma palavra sábia. Granjeou admiração do feitor Lisipo.
Quando a galera aportou em Cefalônia, recebeu ilustre romano, Sérgio Paulo, que ia para Citium em missão política. Bajulado por todos, inclusive pelo comandante, o romano apresente após 3 dias os sinais de misteriosa peste que grassava na cidade em que tomou o navio.
Todos se afastam aos poucos, e o comandante manda o feitor designar um escravo para o seu cuidado. Jeziel é indicado, e trata o enfermo com todo desvelo, granjeando a amizade deste.
Sérgio convalesce e Jeziel cai doente. A tripulação cogita lançá-lo ao mar, mas Sérgio Paulo, grato, resiste veemente. Indaga a situação do preso, e descobre-o cativo de Licínio Minúcio. Advoga a causa de Jeziel, afirmando que Licínio é seu amigo e deve favores a seu pai. Delibera libertá-lo no próximo porto, em Jope, simulando nos registros sua morte.
Jeziel é solto em Jope, mas logo repousa num matagal, premido de febre e dores. Acorda com um ladrão apalpando-o. Implora pela vida e dá tudo o que tem. O ladrão nota o estado dele, e se lembra da Casa do Caminho na cidade, dirigida por Efraim.
Efraim os recebe e diz ser Jeziel o segundo doente com a peste de Cefalônia que chega. Diz que levaria o primeiro a Jerusalém, na tarde daquele dia, por não dispor de condições adequadas para tratá-lo. Jeziel suplica para ir junto.
Lá chegando, manda chamar Simão Pedro, que os acolhe, respondendo a ressalvas de Tiago quanto à capacidade de instalação de tantos enfermos.
Pedro cuida de Jeziel, que delira por cerca de duas semanas. Nota-lhe o cabedal de cultura e o conhecimento das escrituras, mormente dos profetas.
Quando Jeziel convalesce, conversam acerca do tema, e este revela predileção por Isaías e a promessia do Messias. Pedro adverte que o Messias já veio, e ante a surpresa de Jeziel, passa a contar os episódios da vida de Jesus.
Empolgado, Jeziel indaga onde está o Messias, e passa a saber de sua Paixão e calvário, um ano antes. Recorda profecias de Isaías que afirmavam que o Messias não seria compreendido.
Admirado com tal saber das escrituras, Pedro lhe traz as anotações de Mateus. Lê avidamente, entre lágrimas. Conta-lhe sua história recente, e Pedro lhe recomenda anonimato. Batiza-o com o nome grego de Estêvão.
Estêvão se destaca no serviço e na pregação cristã. Ao lado de Pedro e João, torna-se uma das figuras mais admiráveis do cristianismo em Jerusalém.
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