A descoberta de que a luz pode ser descrita não apenas pela teoria
ondulatória, mas também como corpúsculo foi o passo inicial para o
que depois se chamou de Física Quântica. Sua denominação, aliás,
vem daí. Quanta são as partículas de luz, hoje conhecidas
como fótons, que foram propostas em 1900 por Max Planc.
Tradicionalmente, a luz era vista como um fenômeno de natureza
ondulatória, o que se comprova, inclusive pelos mecanismos de
refração e reflexão explicados pela ótica.
Entretanto, observando resultados de um estudo feito por Planc a
respeito da radiação dos corpos negros, Einstein incorporou a
hipótese de que a emissão e a recepção da luz pode ser explicada
por meio dos quanta, isto é, como partículas de energia
segmentadas, e não como um jorro contínuo de energia.
Porém, ele defendeu que isto não exigia o abandono da teoria
ondulatória, e sim a aceitação de que a luz pode ser vista como
partícula (matéria) ou como onda (energia), a depender do fenômeno
no qual esteja sendo observadai.
A relevância desta idéia está no abandono do dualismo tradicional
do pensamento científico, que exige a opção entre alternativas
inconciliáveis. Ela fundamenta a compreensão de que um sistema pode
comportar-se globalmente conforme a ambiência contextual específica,
podendo assumir dois valores globais antagônicos, em momentos
diferentes.
i
"Duas propriedades mutuamente exclusivas coexistem no interior
de um elétron. Esta é a verdadeira essência do princípio da
complementaridade. O elétron não é unicamente partícula e nem
unicamente onda. Ele apresenta elementos de ambas as coisas"
(GERBER, Richard. Medicina Vibracional – Uma Medicina para o
Futuro. Trad. Paulo César de Oliveira. São Paulo; Cultrix:
2000, p. 48)
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