Planck, Einstein, e o paradoxo do sistema onda-partícula

Por Thiago El-Chami


A descoberta de que a luz pode ser descrita não apenas pela teoria ondulatória, mas também como corpúsculo foi o passo inicial para o que depois se chamou de Física Quântica. Sua denominação, aliás, vem daí. Quanta são as partículas de luz, hoje conhecidas como fótons, que foram propostas em 1900 por Max Planc.

Tradicionalmente, a luz era vista como um fenômeno de natureza ondulatória, o que se comprova, inclusive pelos mecanismos de refração e reflexão explicados pela ótica.

Entretanto, observando resultados de um estudo feito por Planc a respeito da radiação dos corpos negros, Einstein incorporou a hipótese de que a emissão e a recepção da luz pode ser explicada por meio dos quanta, isto é, como partículas de energia segmentadas, e não como um jorro contínuo de energia.

Porém, ele defendeu que isto não exigia o abandono da teoria ondulatória, e sim a aceitação de que a luz pode ser vista como partícula (matéria) ou como onda (energia), a depender do fenômeno no qual esteja sendo observadai.

A relevância desta idéia está no abandono do dualismo tradicional do pensamento científico, que exige a opção entre alternativas inconciliáveis. Ela fundamenta a compreensão de que um sistema pode comportar-se globalmente conforme a ambiência contextual específica, podendo assumir dois valores globais antagônicos, em momentos diferentes.



i "Duas propriedades mutuamente exclusivas coexistem no interior de um elétron. Esta é a verdadeira essência do princípio da complementaridade. O elétron não é unicamente partícula e nem unicamente onda. Ele apresenta elementos de ambas as coisas" (GERBER, Richard. Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro. Trad. Paulo César de Oliveira. São Paulo; Cultrix: 2000, p. 48)

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