12
A existência da consciência é um absoluto porque ela é consciência dela mesma
12,1
O tipo de existência da consciência é ser consciência de si
12,2
E é consciência de si na exata medida em que é de um objeto transcendente
12,3
Lucidez total: o objeto é opaco, mas ela é puramente consciência de ser
consciência deste objeto. Esta é a lei de sua existência.
12,4
Esta consciência da consciência não é posicional, ela não se coloca como objeto
de si mesma, salvo no caso da consciência reflexiva
12,5
Seu objeto está fora. E ela, por um mesmo ato, o coloca e o apreende.
12,6
Ela apenas se conhece como interioridade absoluta
12,7
Consciencia de primeiro grau: irrefletida.
12,8
Inexistência de lugar para o Eu na c irrefletida
12,81
Ele não é objeto, já que seria interior
12,82
E nem é da consciência, já que e algo para a consciência, não uma qualidade
translúcida dela – no Maximo, se fosse o caso, habitante dela
12,9
O Eu, com sua personalidade, é para o meu eu empírico como o ponto para as três
dimensões: infinitamente contraio, opaco.
12,91
Congelaria a consciência se lhe fosse introduzido. Tornaria obscura, não
espontânea.
12,10
Ela é um absoluto não-substancial.
12,11
É um fenômeno, no sentido em que ser e aparecer são uma e msma coisa
12,12
Para Sartre, nas Meditações Cartesianas, o Eu enquanto estrutura se torna
necessário, e o Cogito de Husserl, que diferia do cartesiano, se torna pesado,
um opaco absoluto. Uma mônada.
Deixa
de ser o absoluto existente por força do inexistente
Se
torna pesada e mensurável
A
fenomenologia ameaça ruir se o Eu deixa de ser, como o é o mundo, um existente
relativo, um objeto para a consciência.
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