Antes de cumprir a função epistemológica de condição de possibilidade do conhecimento sensível, o espaço cumpriria outro papel condicionante, segundo Kant: o de condição da exterioridade das coisas.
Com esta ressalva, Kant está a dizer que, sem o espaço, as coisas não seriam exteriores umas às outras, e estariam condenadas, portanto, a uma absoluta e inescapável indistinção.
Além disso, as coisas não seriam exteriores nem ao sujeito. Ela perderiam, além da distinção inter-objectual, a própria objetividade, o ser e estar fora do sujeito, o não reduzir-se a este.
Por isto, o espaço não deve ser visto como conceito empírio abstraído das coisas, uma vez que ele é que permite que as coisas sejam vistas como coisas, como distintas, como tais.
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