§1º - Necessidade de uma repetição explícita da questão do ser
1. A questão do ser em Platão e Aristóteles: abordada num supremo
esforço de pensamento.
2. A trivialização do conceito grego de ser: tornou-se algo
supostamente evidente, incapaz de suscitar uma autêntica
investigação.
3. Dogmas tradicionais da tradição filosófica acerca da questão
do ser.
3.1. Ser, conceito universal, vazio e indefinido. Tentar defini-lo
implicaria uma petição de princípio.
3.2. Ser: universalidade, mas não genérica (“ser não é um
gênero”: Aristóteles).
3.3.Unidade de analogia (Aristóteles).
3.4 Transcendental (Medievais).
3.5. Imediato indeterminado (Hegel).
3.6. Universalidade obscura.
3.7. Ser, conceito indefinível. Definição é gênero e espécie.
3.7.1. Ressalva de Heidegger: a impossibilidade da definição de ser
não dispensa a questão do sentido do ser; ao contrário, a exige.
3.8. Ser, conceito evidente por si mesmo. Está sempre na compreensão
mediana. Mas esta compreensão mediana é a própria incompreensão,
alusão a um enigma a priori, a um problema prévio.
4. Conclusão de Heidegger sobre a questão do ser: não só falta
resposta, como a questão é obscura. Há que elaborá-la.
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