A distinção entre verdade e validade se destina a estabelecer
o escopo precípuo da lógica: ela não se ocupa da verdade material
do discurso, mas de sua validade formal.
Isto significa que um
discurso logicamente válido pode ser inteiramente falso, bem como um
discurso inválido pode ser formado por premissas e conclusões
verdadeiras, mas não devidamente relacionadas entre si.
Porém,
é importante que se diga que, embora não objetive diretamente a
verdade das proposições, a lógica é extremamente útil na
obtenção de conseqüências e corolários válidos e verdadeiros a
partir de premissas cuja natureza verdadeira seja conhecida de
antemão.
Assim, os instrumentos de análise lógica permitem obter
toda a informação possível de um conjunto de proposições
verdadeiras que se tenha à mão.
Do mesmo modo, ela permitirá que
nos previnamos contra todos os desdobramentos falsos que decorram, ou
da adoção de premissas falsas, evidenciando-lhes as implicações,
bem como das estruturas argumentativas inválidas, que não sustentam
as conclusões que se pretenda esposar.
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