6 – A tarefa de uma destruição da história da ontologia
1. Temporalidade: condição de possibilidade da historicidade,
constituição do acontecer próprio da presença.
2. Historicidade, possibilidade da história. Acontecer a partir do
futuro.
A presença é o seu passado, tanto em seus modos de ser quanto em
sua compreensão do ser: não porque o arrasta atrás de si, mas
porque acontece a partir do seu futuro.
2.1. Presença e interpretação de si da tradição
Já sempre cresceu numa interpretação de si herdada da tradição.
3. Ocultação da historicidade. Falta de história factual como modo
deficiente.
A ocultação da historicidade impede a presença da questionar e
descobrir a história. Mas esta falta de história factual não
objeta, e sim prova a historicidade, enquanto modo deficiente desta.
Uma época só pode ser destituída de fatos históricos se
histórica.
4. Queda no mundo e na tradição
A presença não só tende a decair no mundo, mas na tradição. Esta lhe tira a capacidade de se guiar
por si, de questionar e escolher a si mesma.
5. Tradição: encobrimento do legado na evidência. Obstrução da
fonte.
A tradição encobre o que lega, na aproximação da evidência,
obstruindo o acesso às fontes. Desarraiga
6. Interesse cultural e historiográfico: dessaraigamento.
O interesse pela multiplicidade cultural alheia é indício do
desarraigamento. E o interesse pela historiografia impede-lhe a
compreensão das condições do acesso ao passado, enquanto
apropriação produtiva.
7. Destruição: não arraso, mas liberação da tradução. Crítica
do trato atual.
A destruição não é arrasamento, mas liberação da tradição em
sua positividade. Destruição da história da ontologia. Crítica do
hoje, do trato atual da matéria.
8. Kant: único passo, mas confuso.
8.1. Esquematismo misterioso.
8.2. Carência da questão do ser e da ontologia da presença ou
analítica da subjetividade.
8.3. Herança dogmática de descartes; falta de tematização da
relação entre o tempo e o eu penso.
9. Descartes. Omissão da questão do ser, dispensada pela certeza do
cogito.
9.1. Indeterminação da res cogitans; todo ens como ens creatum pelo
increatum.
9.2. Enraizamento fatal do preconceito medieval: interpretação do
ser a partir do mundo, da natureza.
10. Ontologia grega: presença, ou ser do homem, como possibilidade
da linguagem, donde a ontologia platônica se torna dialética.
11. Aristóteles. O avanço na hermenêutica do Logos.
11.1. Dialética, antes perplexidade filosófica, agora supérflua.
11.2. O logos e o nous assumem a estrutura temporária da
apresentação, como vigência, ousía.
11.3. Inconsciência do fio condutor, tempo como ente entre outros.
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