Hesíodo viveu por volta do séc. VIII a.C., e deixou duas grandes obras poético-mitológicas: a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias.
Nestas, os deuses surgem do caos, e Eros possui papel capital.
No decorrer de sua vida, uma querela agrária com seu irmão, na qual este venceu por ter subornado os juízes, o leva a refletir sobre a história e sobre a ética.
Para Hesíodo, haveria uma era de ouro, sem trabalho nem morte; a de prata, em que os homens eram como meninos sem inteligência finalmente reduzidos a deuses subterrâneos; a de bronze, com homens viris mas injustos que seriam aniquilados. A dos semideuses que chegam a Tróia em naves; e a de ferro, a do trabalho e da miséria, de bem e mal, em que porém se pode fazer valer a justiça e o trabalho.
Ele assenta as bases de uma sociedade que lutará para lograr a democracia e as leis fixadas pela razão, em conformidade com a natureza.
Hesíodo é mais pedagógico que estético, tenta estabelecer a hierarquia e a genealogia dos deuses. Daí advém as relações destes com os homens e a ordem dos valores.
Zeus vela pela paz e comunidade, valores campesinos de um povo não mais nômade.
A virtude agora se liga ao costume e aos valores morais adquiridos e não inatos. O caminho da virtude é longo.
Em Hesíodo estão as bases das cosmogonias em Mileto:
a) Do caos ao cosmos, do conflito à harmonia.
b) O Todo não é só o conjunto dos deuses mas também de relações.
c) O princípio é o indeterminado, pois que o determinado deve dele brotar.
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