Na
visão espírita, portanto, o Universo não é uma Realidade Eterna.
É um fenômeno no Tempo. Ainda que, eventualmente, não tenha fim
(questão que será apreciada mais adiante), ao menos teve origem.
Não por
acaso, ao longo de todo o Livro Primeiro, fala-se em princípios.
É comum identificar princípios e causas (Aristóteles já fazia
isto). Mas, a rigor, princípios são causas de um tipo especial: são
causas que dão origem, que fazem ser.
Só
identifica causas e princípios aqueles que admitem que tudo teve
origem. Tal é o caso da Doutrina revelada pelos Espíritos.
Além
desta primeira conclusão, uma outra percepção já se impõe de
saída. O Universo não é apenas uma Realidade Temporal, um
Fenômeno. É um fenômeno de uma classe especial: não é algo que
surgiu e se constituiu por si mesmo, mas uma Criação.
Obra de um autor.
Isto, porém,
não resolve nosso problema: apenas o prefigura mais precisamente.
Toda uma série de importantes reflexões a respeito da natureza da
Criação divina se apresentam a nós. Precisamos, de saída,
analisar se a prórpia palavra Criação é adequada para o que aqui
tentamos compreender. E devemos decidir até que ponto a criação
humana serve de parâmetro ou analogia para tanto.
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