História da Loucura - As formas de exclusão dos loucos no séc. XV

Além do exílio forçoso, deste escoamento de loucos através de embarcações destinadas a despejá-los em outras cercanias, as cidades do séc. XV também possuíam mecanismos internos de exclusão, formas de segregar, marcar, indicar tais sujeitos.

A Igreja, por exemplo, proibia a entrada de loucos. 
Negava a eles também os sacramentos. 

Foucault relata, inclusive, que quando um padre enlouqueceu, não só foi proibido de participar as cerimônias, como perdeu o soldo, e a cidade cortou a verba destinada a ele.

Além disso, havia chicoteamentos públicos, e corridas simuladas nas quais o povo corria atrás do louco, para que este debandasse na frente, dentre outros modos pitorescos de exclusão.


Em todos estes, nota-se que o louco é aquele portador de um mal, a desrazão, que os demais, os portadores da razão e da sanidade, deveriam combater e rechaçar, para que não fossem contaminados ou ameaçados pela desrazão. 

A loucura, portanto, era a nova lepra. 

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