A intuição pura é aquela é que nenhum conteúdo empírico é
dado. Ela é a intuição não de uma experiência, mas de uma forma da experiência em geral. Assim, intuir o esquema de um
triângulo é diferente de enxergar um triângulo desenhado na areia da praia. O primeiro
é uma construção transcendental no espaço; o segundo é um fenômeno. Veja-se o
que diz Kant[1]:
Chamo puras (no
sentido transcendental) todas as representaçõesem que nada se encontra que
pertença à sensação. Por conseqüência, deverá encontrar-se absolutamente a
priori no espírito a forma pura das intuições sensíveis em geral, na qual
todo o diverso dos fenômenos se intui em determinadas condições. Essa forma
pura da sensibilidade chamar-se-á também intuição pura.
Neste sentido, há duas intuições puras: o Espaço e o Tempo. É
com base nelas que os conhecimentos puros da Geometria e da Aritmética se podem
desenvolver, através da associação desta intuição pura com a faculdade da imaginação produtora.
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