A
Ontologia se relaciona estreitamente com a Metafísica. Em primeiro lugar, pela
própria origem da expressão Metafísica, título dado aos tratados aristotélicos
que cuidam da Filosofia Primeira e que, na edição das obras de Aristóteles por
Andrônico de Rodes, no século II antes de Cristo, foram colocadas ‘depois dos
tratados de física’ (to meta ta physika)[1].
Porém, a afinidade vai mais adiante, e diz respeito à própria natureza da Metafísica: ela consiste, fundamentalmente, em uma ontologia do não-físico, que pode ser entendido de diversas maneiras, conforme a perspectiva: como supra-sensível, imaterial, espiritual, abstrato, em conformidade, certamente, com o conceito de físico apresentado pelo pensador.
Por certo, nem todas as ontologias incluirão em seu bojo uma metafísica: desde Demócrito e Leucipo[2], há pensadores que só consideram como real o que está aí, fisicamente acessível.
Porém, a afinidade vai mais adiante, e diz respeito à própria natureza da Metafísica: ela consiste, fundamentalmente, em uma ontologia do não-físico, que pode ser entendido de diversas maneiras, conforme a perspectiva: como supra-sensível, imaterial, espiritual, abstrato, em conformidade, certamente, com o conceito de físico apresentado pelo pensador.
Por certo, nem todas as ontologias incluirão em seu bojo uma metafísica: desde Demócrito e Leucipo[2], há pensadores que só consideram como real o que está aí, fisicamente acessível.
De igual sorte, a ontologia se
relaciona com todos os campos do pensamento filosófico. Há um pensar do ser,
por exemplo, na filosofia social[3] ou
jurídica[4],
só para dar alguns exemplos.
Também quanto às ciências, a
preocupação ontológica estará presente. As diversas ciências se diferenciam
entre si por objeto e método: deste cuida a Epistemologia, aquele é assunto da
Ontologia. Afinal, um biólogo, um físico, um matemático sempre partirão, em
suas pesquisas, de uma certa concepção da vida, da matéria, do número – ainda
que nem sempre esta compreensão esteja tematizada explicitamente ou plenamente
consciente para o próprio pesquisador.
[1]
Sobre isto, ver LOUX, Michael. Metafísica
– uma introdução contemporânea. Resumo por Osvaldo Pessoa Jr. Disponível
em: http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/TCFC3-06b-Loux-12.pdf.
Acesso em: 20 de julho de 2013.
[2]
DEMÓCRITO E LEUCIPO. In: Pré-Socráticos.
Vários Tradutores. Seleção de Textos e supervisão: José Cavalcante de
Souza. São Paluo: Nova Cultural, 2000, pp. 283-308.
[3]
Ver, no tocante ao tema, a obra fundamental de LUCKAS, Gyorgy. Para uma ontologia do ser social. Trad.
Lya Luft e Rodnei Nascimento. São Paulo: Boitempo, 2010.
[4]
Conferir, REALE, Miguel. Filosofia do
Direito. 20ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2002, Parte IV “Ontognoseologia
Jurídica”, pp. 285-309.
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