Juizo
analítico é aquele no qual o predicado nada acrescenta ao sujeito. Quando se
diz que uma esfera é redonda, o predicado ‘redonda’ somente explicita uma
propriedade do termo sujeito, pois já está contido no seu conceito.
O
Juízo sintético, porém possui um predicado novo em relação ao conceito. Assim,
quando digo “A Terra é redonda”, o predicado redonda acrescenta qualidade nova
ao conceito ‘Terra’, cujo conceito astronômico básico só inclui algo como “é o
terceiro planeta do sistema solar”.
Os
juízos analíticos são sempre apriorísticos: afinal, não se depende da
experiência para dizer que um quadrado é um polígono ou que possui quatro
lados.
Os
juízos sintéticos são, em geral, a posteriori.
Só posso dizer que “Pablo é goiano” se eu possuir uma experiência anterior que
enseje a emissão deste juízo.
Nenhum
destes juízos, porém, satisfaz à necessidade da ciência. Ela precisa dizer
coisas novas sobre os objetos, mas que sejam doravante apriorísticas, ou seja,
que não dependam eternamente de confirmação empírica. Se eu precisar verificar
todo dia que a Terra gira em torno do Sol, este conhecimento científico não
teria utilidade.
Logo,
é preciso que haja juízos sintéticos, segundo Kant, que sejam a priori. Para ele, são os da ciência. E
é a possibilidade dos mesmos que ele procurará justificar mediante a sua
Crítica da Razão Pura.
10 comentários:
Excelente! Simples, sintético e sem rodeios.
Muito bom.
Excelente.
Perfeito!
perfect
Perfeito e simples
Veri nice
Muito bom !
Muito fácil de entender! Parabéns!
Muito bom
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