Ela olhou para a lua. Enquanto olhava,
outro olhar se voltava para o dela
do outro lado da rua. "Como é bela!"
Ela (da lua), dela (ele), pensava.
Dois olhares, em dúplice aquarela;
dois amores. E a lua, que alto instava,
com seus raios de sonho iluminava
o amor que não ia ser - por causa dela.
Ele olhou para a lua. E disse a ela:
"a culpa é toda sua! Eis que a donzela,
que eu te pedi, perdi para a luz tua!"
Ela olhou para ele. E disse: "aquela
é a alma que eu te pedi, Lua amarela!"
E eis que, então, ninguém mais olhou pra Lua...
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