Eu já não mais sei ser. Qual o mistério
que se esconde entre mim e o estar vivendo,
que me esconde o viver num só estar sendo,
e que esconde de mim, num revertério,
tudo que é plenitude? O que está havendo?
O que não está havendo? O que o ser e o
não-ser de mim fizeram? O caso é sério.
Ou melhor, o que é sério é o caso horrendo
de ser só um dever-ser, e de esquecer
que viver é bem mais que obedecer,
que esquecer bem nos faz ser outra vez
ao lembrar novamente! Eis que ser
talvez seja bem isto. E eis que viver
talvez seja bem isto: este talvez...
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