Eu não consigo ver-Te, ó Mestre eleito!
Não consigo encarar-te, frente a frente!
Sequer consigo olhar-Te, simplesmente,
sem temer o encontrar-te! Eu não te espreito
por não poder dizer-Te, honestamente:
"Mestre, eu vivo a cumprir o Teu preceito!"
Mesmo fechando os olhos, não há jeito:
ainda Te vejo a olhar-me, em minha mente.
Quando eu hei de enfrentar-Te, ó Mestre amigo?
Mas, por que de Ti fujo, se és Amor?
E por que Te enfrentar? Qual é o perigo?
E, assim pensando, vejo, pois, com horror,
que é de mim que, em Ti, fujo! Dá-me abrigo!
Eu não quero mais ser-Te o traidor!
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