não valha a pena ser, mas por ser pouco
tudo o que venho sendo, qual se, rouco,
meu poder-ser perdesse o seu poder
(o sempre ainda não ser), ou qual se, mouco,
todo o meu vir a ser fosse um rever
o que já sempre hei visto. A padecer,
o meu já-ser vagueia, como um louco,
que já está para sempre em seu ter-sido.
Quando é que eu irei me entretecer?
Quando é que eu deixarei de ser tecido
pelo quase não-ser do só ter ser?
Quando é que eu deixarei de ser vencido?
Quando, a vencer, direi ao ser: "Vem ser!"?
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