Poética e retórica
1. retórica: arte dos discursos
persuasivos (pistein). Poética: arte de compor mythoi (enredo, trama,
narrativa).
2. Aristóteles: poética é mais
científica que a história, pois visa também o universal, não só descreve casos.
2.1. Seu universal, contudo, é o
possível, o verossímil. 
2.2. Serve-se do argumento, pois
a metáfora supõe a analogia, um argumento. 
3. Analogia: quatro termos, cambio
dos equivalentes: taça e escudo. 
3.1. Metáfora pode exprimir
conceitos que não tem nome: semear a luz do sol.
4. Górgias: inversão do
eleatismo. O ser não é. Se fosse, não cognoscível. Se fosse, incomunicável.
Logos não diz o real, o substitui, o cria. Em vez de comunicar os pensamentos,
produz diretamente os efeitos. Arte mágica. 
5. Platão: retórica não é nem
arte, mera prática persuasiva, que não visa o bem, mas o prazer, adulação,
simulacro (eídolon), imagem feia. 
6. No Fedro, admite outra
retórica, arte real, que usa de procedimentos da dialética: synagogé
(recondução do caso particular à idéia universal) e dihairesis (divisão das
idéias universais em idéias menos universais).
7. Aristóteles, a partir de Platão: arte da comunicação. 
7.1. Interesse moderno: lógica do
debate jurídico e político (Perelman), e resgate da dimensão comunicativa da
linguagem, além da instrumental (Habermas). 
 
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