Se
uma proposição só pode ser pensada como necessária, é a priori.
Se
ela não deriva de nenhuma outra proposição necessária, é
absolutamente a priori. [se depende, é um juízo a priori
intermediário ou derivado, colhido a partir da experiência].
A
experiência nunca dá aos juízos que origina uma universalidade
verdadeira e rigorosa, mas uma universalidade suposta e comparativa –
por indução.
Um
juízo geral de experiência não diz: "isto é assim em todos
os casos", mas "até agora não encontramos exceções a
esta regra".
Se
nenhuma exceção é admissível, é juízo universal a priori.
A
universalidade empírica é extensão arbitrária da validade,
estende para a universalidade a validade da maioria.
Se
um juízo é a priori, universal, deriva de uma faculdade de
conhecimento a priori [e não da experiência, que fornece
conhecimentos a posteriori]
Necessidade
e universalidade rigorosa são os dois sinais do a priori e são
interdependentes.
Mas
cada um deles, separado, já é infalível: mostre-se a limitação
empírica [ou seja, a não-universalidade] de um juízo, e se provará
a sua contingência [isto é, a sua não-necessidade].
Outro
exemplo: mostre-se a universalidade ilimitada de um conceito e se
provará com ela a sua necessidade.
[Ou
seja, Kant acha mais fácil provar a presença ou ausência da
universalidade que da necessidade]
O
senso comum tem conhecimentos a priori. O juízo de que ''toda
mudança tem uma causa'' é um deles. Deriva da experiência, mas não
é uma associação subjetiva [ou seja, particular e contingente]
como pretendia Hume, mas uma ligação necessária [e universal] do
conceito de causa com o de efeito.
Se
os princípios obtidos na experiência precisassem ser confirmados
por ela toda vez, não seriam princípios.
Não
só juízos, mas também conceitos, podem ser a priori. Elimine-se do
conceito de corpo tudo que é empírico (cor, textura, peso,
impenetrabilidade), e restará o espaço vazio que ele ocupada –
algo desmaterializado [não empírico] e ineliminável [necessário].
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