Muitos vêem no I Ching a fonte
remota de taoísmo e do confucionsimo. Esta hipótese é polêmica.
Mas ele não é só
divinatório, como se pensa hoje no Ocidente. É um livro de sabedoria, de metafísica, de filosofia. Reflete a estrutura ontológica do real.
Os hexagramas podem ser vistos nas coisas, como
projeções nossas, tal qual apregoa na psicologia moderna o teste de Rorschach. Ou como Jung nos fala sobre os signos astrológicos que projetamos nas constelações do Zodíaco.
Isto não
é superstição, acusação que nos faria um adepto do Rorssach. É o mesmo mecanismo fundamental em ação, na sabedoria oriental antiga e na ciência ocidental moderna.
Nossas decisões
pretensamente racionais se baseiam em dados selecionados como
relevantes e acumulados. Mas, quem garante o que é importante, e não
o seriam a forma de um casco? E quando a qtde., tão medida e valorizada pela ciência modera, seria bastante para nos dar o conhecimento da realidade? A
informação mesma nos diria? Por que não julgar relevante a informação espontânea e imediata de uma configuração de hexagramas obtida por um ritual de sondagem do I Ching?
O método científico rigoroso só é
possível em casos raros, como mote para decidir em ações não
urgentes, ante dados mecânicos ou em ocasiões limitadas, e tudo
isto tende a ser trivial.
Isto implica pois, que grande parte de nossas grandes decisões
dependem da visão periférica.
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