1º Todos os fenômenos espíritas têm por princípio a existência
da alma, sua sobrevivência ao corpo e suas manifestações.
2º Fundando-se numa lei da Natureza, esses fenômenos
nada têm de maravilhosos, nem de sobrenaturais, no
sentido vulgar dessas palavras.
3º Muitos fatos são tidos por sobrenaturais, porque não se
lhes conhece a causa; atribuindo-lhes uma causa, o Espiritismo
os repõe no domínio dos fenômenos naturais.
4º Entre os fatos qualificados de sobrenaturais, muitos há
cuja impossibilidade o Espiritismo demonstra, incluindo-
os em o número das crenças supersticiosas.
5º Se bem reconheça um fundo de verdade em muitas crenças
populares, o Espiritismo de modo algum dá sua solidariedade
a todas as histórias fantásticas que a imaginação
há criado.
6º Julgar do Espiritismo pelos fatos que ele não admite é
dar prova de ignorância e tirar todo valor à opinião
emitida.
7º A explicação dos fatos que o Espiritismo admite, de suas
causas e conseqüências morais, forma toda uma ciência
e toda uma filosofia, que reclamam estudo sério, perseverante
e aprofundado.
8º O Espiritismo não pode considerar crítico sério, senão
aquele que tudo tenha visto, estudado e aprofundado
com a paciência e a perseverança de um observador consciencioso;
que do assunto saiba tanto quanto qualquer
adepto instruído; que haja, por conseguinte, haurido seus
conhecimentos algures, que não nos romances da ciência;
aquele a quem não se possa opor fato algum que
lhe seja desconhecido, nenhum argumento de que já não
tenha cogitado e cuja refutação faça, não por mera negação,
mas por meio de outros argumentos mais peremptórios;
aquele, finalmente, que possa indicar, para os
fatos averiguados, causa mais lógica do que a que lhes
aponta o Espiritismo. Tal crítico ainda está por aparecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário