- Horizonte civilizado e mediunismo oracular.
3.1. Os
estados Teológicos.
v
A transição do horizonte agrícola para o
civilizado foi muito lenta. Roma, por exemplo, não se livrou de sua origem
camponesa. E antes que ela e a Grécia, o oriente fez a transição, com os
Estados teológicos.
v
Egito, Babilônia, Assíria, Pérsia, Israel,
Índia. Com estes se inicia a separação do poder político e do religioso na
educação do povo.
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O Estado Teológico é tribal; o monarca é um
cacique aumentado até a dimensão divina. A evolução da técnica e da economia
aprofunda o animismo, e surge o direito divino. O homem é guiado sem pensar, é
mera parte do Todo.A religião aí será criada pelo clero, será teologia,
ritualismo monolítico.
v
Por isso surge o horizonte civilizado. No
tribal, o homem livra-se da condição animal, e do jugo das forças naturais; no
agrícola domina a natureza, mas cai escravo da sociedade
3.3. O espaço civilizado.
v
O homem se torna o animal político das grandes
civilizações, capaz de decidir, e por isso, torna-se um ser moral. A abstração
é conquista tardia: o homem já fora incapaz de contar até os dedos; o conceito
só vai ser inventado por Sócrates. A capacidade para normas jurídicas é mais
antiga; surge inconscientemente, passa a Hamurabi, e chega a Roma. O homem se
descobre como parte criadora da N.
3.4. Mediunismo Oracular.
v
O termo oráculo ora denomina o deus, ora o
templo, a resposta, o médium, o local, porque a mente popular não distingue a
força e os meios.
v
Elementos de todos os períodos estão ali, mas há
novos. A mediunidade, pela racionalização das cosmogonias, artificializa-se.
Seu caráter sincrético vem da mudança do tabu tribal em sagrado. Não há
individualização mediúnica; suas mensagens são abstratas, como as forças
naturais, impessoais. Há uma casta para interpretar. A transição é lenta, e
passa para a adoração dos deuses.
3.5. Os arquétipos coletivos.
v
São registros culturais da memória coletiva,
usados pelos céticos, traumas. Há o Dilúvio de Noé, que equivale ao assírio de
Giglamesch, ao grego do Deucalião. Para a doutrina, são visões coletivas da
realidade espiritual mal-interpretadas. Há Apolo que mata Pítia, como São
Jorge.
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