A Idéia de Justiça em Hegel, Cap 1 - Hegel e o Criticismo Kantiano. Metafísica e Empirismo.

6. O mais importante do discurso que Hegel encontra em Kant é a oposição à metafísica.

6.1. A metafísica, pretendendo passar diretamente do sensível para o inteligível absoluto, peca por ingenuidade.

6.2. O empirismo, pretendendo opor à metafísica a experiência sensível, acaba usando de categoria metafísica, por isso o faz acriticamente; o intuicionismo,   pretendendo substituir o entendimento pela intuição pura para captar os objetos da metafísica, mostra-se sem a razão.

6.3. O criticismo nega a metafísica como ciência pela crítica do instrumento que ela usa, o Entendimento.

6.4. Resta a possibilidade de uma metafísica da razão para substituir a do entendimento.     

6.5. O empirismo é a negação abstrata da objetividade; não está nem no objeto nem no pensamento. O empírico para a metafísica clássica é só um ponto de partida, um estímulo, apesar do realismo grego, para que cuide do absoluto, seu objeto em Kant, a matéria incita às formas da sensibilidade e do entendimento, a priori.

6.5.1. Hume acordou Kant do sono dogmático; acordado, não mais o viu.

6.6. Em Kant, a objetividade passa para o pensar. Inverte o juízo do senso comum. Para este, o objetivo é o sentido, e o pensamento subjetivo, só recebe objetividade das sensações. Para Kant, o objetivo é o pensar, pois os dados dos sentidos são fugazes, inconsistentes. 

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