A Idéia de Justiça em Hegel, Cap 1 - O Criticismo kantiano e o impasse fundamental da Filosofia

1. É o pensamento que descobre as relações entre as coisas. 

1.1. Mesmo no fim último da crítica kantiana da faculdade de julgar, o acordo dos eventos com a nossa moralidade permanece na esfera subjetiva. 

1.2. A objetividade kantiana do pensar é em si subjetiva, pois, se os pensamentos são universais e necessários em seu conteúdo, são nossos e diferem do que a coisa é por um abismo insuperável.  

2. A subjetividade que caracteriza a certeza, que indica o dever-ser sem realidade ou verdade da Idéia, tem como resultado o infinito na consideração do tempo sensível, o mau infinito, uma vez que o infinito dialético razão supera o dado sensível do tempo para ser considerada só pelo pensar. 

2.1. O dever-ser em Hegel é uma perspectiva ideal que se pode realizar no tempo. O saber absoluto do criticismo acaba sendo limitado. 

3. O problema fundamental de toda a filosofia, desde os gregos, entra num impasse: Platão dá a solução desse problema( o múltiplo e o uno, o mutável e o permanente) na dependência do mundo sensível. 

3.1. Desaparecendo o das idéias desaparece o da aparência. Em Kant, isso não pode acontecer. O mundo das leis não subsiste sem o dos fenômenos, pois as categorias sem as intuições são vazias. Mas isso não elimina as autonomias dos dois mundos. 

3.2. O mundo da multiplicidade dos fenômenos não tem qualquer dependência do mundo dos conceitos a priori: um não decorre do outro. Somente no plano do conhecimento é que são relacionados. O conhecimento é que depende dois dos para ser verdadeiro ou objetivo. 

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