Cromoterapia 3. A Luz e a Vida. A Luz e a Psique

3.1. A luz e a vida


            A origem da vida é questão que ainda desafia os homens de ciência. Sem pretender entre neste debate, podemos responder a outra questão: onde ela apareceu primeiro em nosso planeta. A resposta para isto é: no caldo protoplásmico dos mares.
            Dito isto, diga-se também que as formas de vida, em sua evolução, demandaram sempre em busca de mais luz. Assim, ela avançou heroicamente para fora dos mares, pisou em terra firme e depois alçou os céus. Embora o homem não seja um animal alado, possui o porte ereto e a condição de olhar para o céu, ou seja, para a luz.
            As plantas também demonstram esta verdade. Crescem sempre procurando o sol, e dele extraem sua vida, sintetizando alimento a partir deles. Como toda a cadeia alimentar depende destes seres autótrofos, vê-se qu a vida, onde ela exista, depende da luz.


            A vida no fundo dos mares é obscura, e quase não é vida: consiste basicamente numa reprodução vertiginosa, num complexo de reações químicas reiteradas, quase sem processo metabólico.


            Com o avanço das formas de vida, a função de nutrição se desenvolve, e com ela, a capacidade de assimilar energia, sobretudo a partir de fontes luminosas. A vida passa a procurar, cada vez mais, a luz.



            O ser humano, estágio mais avançado até agora do processo evolutivo, ilustra em sua gestação um resumo de tudo isto. Se origina micro-orgânico, na escuridão da cavidade uterina. Desenvolve-se em meio líquido. E um dia, conforme consagra a bela expressão popular, vem à luz.



            A preponderância da luz em nossa vida é ilustrada por um exemplo do poeta Fernando Pessoa. Para ele, temos uma paisagem subjetiva do mesmo modo que há uma paisagem lá fora. E há uma verdadeira climatologia interior, com seus diferentes aspectos conforme nossos estados de alma. Assim, diz ele, se eu disser que há sol nos meus pensamentos, ninguém pensará que eles são tristes.

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