Tratado do Desespero e da Beatitude - Os labirintos do Eu. Narciso, Descartes, Pascal, Estruturalismo e Budismo

I
1. Narciso não ama a si: tem amor próprio diante dos outros.
2. Sabedoria é amar a si, e virtude é amar ao próximo como a si mesmo.
3. O ódio de si é o começo do egoísmo, é falta, nos ocupa todo, não nos permite amar ao outro, um outro eu.
4. Narciso não ama, está apaixonado. Loucura. Imagem.
4.1. Sua imagem é mais amável que o objeto, menos incômodo que uma pessoa.
4.2. Ficar cego o teria curado.

II
1. Ao contrário de Descartes, é do Eu que devemos duvidar.
1.1. Nada lhe resta, senão a ilusão de si.  
1.2. Sujeito apenas em seu sonho.
2. “Neque finis... neque summa. Há pensamento, mas não há pensador’’ Lucrécio.
3. O atomismo negou o orfismo, como o Budismo negou Atmam e Brahma.
4. Estruturalismo e Budismo.
4.1. Fragmentação do eu.
4.2. Contestação da identidade.
4.3. Dissipação e impermanência.
4.4. Impessoalidade.
4.5. Foucault e a morte do Homem.
5. Strauss: Presença única, além da distinção entre sentido e a falta de sentido.
6. Religião do não saber, saber da não religião: ateísmo.
7. Narciso existe por estar só.

III
1. Pascal: não se ama alguém, mas as qualidade de corpo e alma.
2. Não há eu, somente elas, as qualidades.
3. Abismo e perspectiva: um ponto que não existe.
4. Não é que ninguém ame: ama-se ninguém.

IV
1. Areia ou rochedo, pouco importa.
2. É ingênuo e bom se procurar. Não há nada a encontrar.
3. Althusser: só há sujeito na ideologia.
4. Máscara sem rosto.
4.1. É ilusório suprimir a ilusão. Basta conhecê-la.
4.2. Sofrer pela sabedoria é já loucura.
5. O simulacro é real – Lucrécio.
6. A ilusão é necessária – Spinoza.
7. A ideologia é racional – Freud. O sonho é importante – idem.
8. Sábio é aceitar isto tudo, é crer um pouco, que a crença é tudo. Crer-se feliz, crer-se amando, crer-se sofredo é ser feliz, amar , sofrer. Solidão.

V
1. Misericórdia, tolerância e perdão.
1.1. Com os outros: pois não há eu ou alma.
1.2. Com os bebês, e com os que deles vieram.
2. Não há mais que História – Marx.
3. Não há mais que átomos e vazio – Demócrito.
4. Não há mais que natureza.
5. A criança vive, depois existe.
5.1 o eu não existe, vem a ser. E isso não acaba. É o desejo que leva a renascer.
6. Efeito de jogo, mas também jogo. Lutador de boxe, artista.



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