PREFÁCIO – A IMAGINAÇÃO MATERIAL E A IMAGEM
FALADA
1. Todo símbolo tem uma carne. Todo sonho,
uma realidade.
I
1. Baudelaire: quanto mais positiva a
matéria, mais sutil o trabalho da inteligência.
2. Para o realismo, há que ver bem para bem
sonhar o muito visto.
3. Mas a imaginação criadora é uma função
do irreal que, complementando a sociabilidade integradora da função do real,
traz valores de solidão.
3.1. O devaneio é um aspecto de tal função
do irreal.
4. A imagem também pode ser prospectiva em
relação à percepção.
[Shaw: você vê coisas que existem e indaga:
por quê? Eu sonho coisas que inexistem e
me pergunto: por que não?]
II
1. As imagens
imaginadas são antes sublimações dos arquétipos que representações da realidade
2. Novalis: da
imaginação produtora devem ser deduzidas todas as faculdades do mundo interior
e exterior. Fichte devia ter feito a Fantástica Transcendental.
3. Na transição
da função onírica para a consciente, a imagem vira idéia.
III
1. Jacob:
filosofar é descobrir as origens da linguagem.
2. Unamuno: que
fartura de filosofia inconsciente nos recônditos da linguagem! O futuro
procurará o rejuvenescimento da metafísica na metalinguística, verdadeira
metalógica!
3. Verdade e
Imaginação não se isolam: amamos o que cobrimos de belezas projetadas.
4. Ao invés de
estudar a beleza ocular da forma, estudar a beleza palpável da matéria.
IV
1. Matéria:
trabalho e repouso, extroversão e introversão.
2. Mas as
imagens são ambivalências dialéticas entre tais polos, jamais são puras.
V
1. Não é
reduzindo o psiquismo a suas tendências profundas que se explica o seu
desenvolvimento em imagens múltiplas.
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