Em que pese o resgate de Aristóteles, Tomás de Aquino medita o legado aristotélico essencialmente à luz da revelação cristã. Mas, além disso, também se apropria de uma série de elementos da cultura erudita de seu tempo, bem como da tradição filosófica mais próxima de seu século.
Assim, a divisão estóica da filosofia (Lógica, Física e Ética) repercute sobre a sua leitura da tripartição das ciências aristotélicas (teoréticas, práticas, poiéticas), formando um quadro bastante interessante.
Primeiro, o conhecimento é essencialmente uma ORDEM.
Esta ordem ou é ENCONTRADA na realidade ou é IMPOSTA a ela.
Das Ordens encontradas, uma delas é achada fora de mim, a outra é achada em mim.
A Ordem achada fora de mim se encontra nas coisas do mundo físico, e é estudada pela FILOSOFIA NATURAL, que é a FÍSICA.
A Ordem achada dentro de mim, se encontra no próprio conhecimento, e é estudada pela FILOSOFIA RACIONAL, que é a LÓGICA.
Das Ordens que eu imponho à realidade, uma delas é imposta ao que existe fora de mim, e a outra ao que existe dentro de mim.
A Ordem imposta ao que existe dentro de mim, ao meu comportamento, é a FILOSOFIA MORAL, ou ÉTICA
A Ordem imposta ao que existe fora de mim, às coisas, é a FILOSOFIA PRODUTIVA, ou ARTE.
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