1. Kant crê deduzir suas Categorias do Entendimento a partir do próprio pensar ou sujeito indeterminado. Mas as encontra apenas: não as
deduz, não as deriva. Não é uma ‘dedução de direito’. Fichte a tentará, também
sem êxito segundo Hegel.
2. O acerto de Kant está em
buscar a objetividade do pensar, mas ele o aparta do objeto, do fenômeno,
localizando-o unicamente no Sujeito. As determinações do pensar não são as do
objeto, que é mero feixe de sensações.
3. Para Hegel, as determinações
do Pensar são as do Objeto: mas as do pensar como Razão e não como Entendimento
finito; Kant nega objeto à Razão, dizendo que os fenômenos dizem respeito só ao
Entendimento.
3.1. Kant faz uma lógica do
sujeito, buscando a partir do fato (fenômeno) as condições subjetivas. A
interiorização acaba sendo subjetivação e não interiorização do objeto no
pensar, pois a ‘coisa em si’ (o númeno) fica fora.
3.2. Ora, para Hegel, como o
pensar e a coisa em si são o que há de mais indeterminado, as determinações de
um são as do outro. A equação de Kant deixa resto (conheço o fenômeno, mas nada
sei da coisa em si); a identidade de Hegel é total.
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