1. Há vozes autênticas, mas muita vez o que se crê escutar não passa de pseudo-vozes: frutos do hábito, do exercício, do desejo, ou de atividade psíquica inferior.
2. Sinal de inautenticidade: ação estranha, sugestão quiçá tola.
3. Intuição se mostra de modo suave, ainda que, ao suceder-se rápido, pareça dura.
4. O hábito mental velho não cede até que se esteja preparado para o passo seguinte. Há que ter paciência, pois esta é parte do próprio passo.
5. Não desprezar os prazeres, mas confiar à Intuição o desvelar destes.
6. Distrações não são necessárias quando se vive intuitivo, pois se está presente. Por inteiro.
7. Prazer sadio é natural. Moral só deve regular os limites em prol da utilidade pessoal e coletiva, como as regras do trânsito. Isto não é utilitarismo, mas compatibilização de valores e fins.
8. A ânsia de perfeição prejudica, pois a Intuição nos revela as faltas, para nos converter em seres ativos e dignos, no curso da Vida.
9. Consciência moral punitiva (remorso) e medo só têm sentido nos níveis mais baixos. O intuitivo sabe que os poderes de ação são amplos demais para serem empregados na inútil e dolorida autocondenação.
10. A noção de erro perde, assim, o solo. Faremos tolices até o dia em que o poder de atração delas cesse.
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