O primado da identidade define o mundo da representação. Mas
o pensamento moderno nasce da falência desta. A cultura moderna é a do
simulacro. 
A repetição não é generalidade. Entre a repetição e a
semelhança, mesmo extrema, a diferença é de natureza. 
Ordem qualitativa das semelhanças e quantitativa das
equivalências. Seus símbolos: ciclos e igualdades. 
Generalidade é um termo poder se trocar pelo outro. 
Repetição, no entanto, só é
necessário em relação ao que não pode ser substituído: gêmeos idênticos. Reflexo,
eco, duplo, alma. Em vez de troca, roubo e dom. Uma diferença econômica.
Repetir é um comportar-se, mas
face algo único. A celebração não repete o feito: o eleva à potência. Ou ‘repete o irrecomeçável’. 
Repete-se a obra de arte como
singularidade sem conceito, e por isso se aprende o poema de cor. 
 
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