1. Em Platão, na república,
acha-se semelhante distinção entre o conhecer por hipóteses e o conhecer
dialético, mas ambos são da Idéia.
1.1. A entificação das
categorias são as Idéias da razão segundo Kant, Idéias que não têm a função de
instrumento do conhecimento diante do incondicionado, isto é, não são um organon,
do conhecimento, mas apenas um cânon, uma regra do pensar para sistematizar o
conhecimento.
1.2. Entretanto, para ele, a
razão não se satisfaz com tal tarefa formal, se torna especulativa e cai em
paralogismos e formula um real absoluto, um ápice da explicação do real, a
essência da essências.
1.3. Esse interesse da razão
por romper os limites sensoriais é a justificação da necessidade da metafísica,
mas não garante a verdade dos objetos da metafísica.
1.4. Sua função teórica é
meramente regulativa; a Razão não pode formar leis constitutivas do objeto, mas regras dirigidas ao sujeito;
sua utilidade é a unidade sistematizadora do conhecer.
1.5. Para Kant, estas regras
são finas, as idéias da razão não podem se estender às coisas da natureza, em
que vige a causalidade e não a finalidade, como fez Platão. São do mundo da
cultura.
1.6. As Idéias em Kant determinam-se
a representar a totalidade das condições do incondicionado, como um maximum que
jamais poderá ocorrer na realidade, porque, ultrapassando toda experiência
possível, é transcendente, não transcendental; um ponto de que se deve
aproximar a razão, inexeqüível na esfera teórica, mas que, na esfera da
liberdade, onde não há limite para a razão, pode ser realizado. A idéia é,
então, um dever-ser.
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