2. A Ciência da Lógica apresenta
três momentos: a Doutrina do Ser, a Doutrina da Essência e a Doutrina do
Conceito. Além de serem lógica e especutaltivamente
sequenciais, elas exibem conceptualmente momentos do devir do Pensamento (Hegel
dirá: do Espírito)..
2.1. Se a doutrina do ser, que estuda a identidade
imediata de ser e pensar, tem parâmetro nos clássicos gregos, a doutrina da essência tem interlocutor em Kant,
na reflexão que cinde.
2.2. A origem da filosofia
kantiana é a aporia da metafísica confrontada com a positividade da ciência
galileana.
2.3. Kant suscita metodicamente
as questões da cultura: que posso conhecer, que devo fazer, que posso esperar?
2.4. A razão que dá o a priori na
esfera do agir (Razão Prática) aparece como vontade, faculdade de o ser
racional agir segundo princípios a priori que todos seguem ou deve seguir. Não
precisa percorrer todos os seres, basta identificar os princípios do agir de qualquer
seu humano.
2.5 E, na medida em que o agir
humano é racional, a liberdade é fundamento da ação moral em Kant. A metafísica
pode produzir as suas leis sem a sensibilidade; não mais ontológica, mas
transcendental, interior, da liberdade.
2.6. O empirismo chega ao impasse
ao negar a própria universalidade e necessidade do conhecimento, tanto no
objeto quanto no pensar e afirmá-las como hábito do sujeito psicológico. Mas
Kant está diante do fato das ciências; só lhes resta encontrá-las no pensar, já
que o hábito é a repetição do contingente; e uma única experiência física
fornece a exigência de universalidade e necessidade.
2.7. Cabe então buscar as
determinações desse pensar no sujeito. Para Kant, tais determinações são as Categorias,
as formas lógicas pelas quais o Entendimento pensa os fenômenos que a
Sensibilidade lhe fornece.
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