5. Na Razão Prática, ao contrário da Razão Teórica, há a vontade pura que age segundo fins a si mesma impostos, portanto na esfera da
liberdade, a idéia não é uma regra e ordenação do conhecimento, mas o princípio
de agir e encontra sua plena realização.
5.1. É na ordem prática que a
idéia, o inteligível, é o real. Ela não dá a verdade (que busca da Razão
Teórica), mas é fonte da validade do agir.
5.2. A Razão Prática parte do a
priori e universal. E deste vai para ação, enquanto o Entendimento parte da
intuição sensível para as categorias a priori
5.3. Essa vontade pura tem o
poder de determinar-se de modo universal pensando. Esta ida e volta da razão em Kant, embora de
modo separado, dual, cindido, sugere a da idéia em Hegel.
5.3.1. Mas não coincide com o que
Hegel entende por Idéia. “a autodeterminação a vontade como universal, na razão
prática, mantém ainda a filosofia de Kant como filosofia do entendimento, e não
da razão”.
5.3.2 Mantendo o universal como
abstrato, sem suas próprias determinações, separa-o do particular e, com isso,
particulariza-o, permanecendo como filosofia do finito.
5.3.3. Mesmo a consideração do fim
no organismo vivo e na obra de arte cujo resultado é o ideal do bem supremo, o fim
último a realizar no mundo, através de um poder que põe realiza este fim
último, Deus, permanece subjetivo, um ideal.
5.4. O mesmo quanto ao Bem. Embora
o bem seja um fim universal, o desconhecimento
do númeno torna o fim subjetivo, ao contrário do bem na filosofia grega,
pertencente ao próprio universo.
5.4.1. O fim agora é externo,
atingível por um meio; não é interno como determinação imanente e atividade
interna, tal como na vida, pois a limitação do fenômeno não permite conhecer a
realidade.
5.4.2. O bem supremo postulado
pela razão prática é um bem do sujeito, um dever-ser, possível, que não tem
realidade, e a harmonia prestabelecida ente a lei moral e o mundo não passa de
crença, representação subjetiva, sem a objetividade da verdade da Idéia.
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