Fazer dela algo novo; objeto
supremo da vontade. Liga-la a uma seleção. Libertar a vontade do que a
aprisiona; a repetição também a prende, mas redime do passado.
O eterno retorno não é o ciclo da
mudança natural: é ser. Nem semelhante, nem igual.
Opô-la como logos do pensador
privado. Repetição contra mediação
Ao mesmo tempo, agressão e
consentimento. Repetição bruta na forma do imediato. Ironia e humor negro.
Oposta não só às generalidades do
hábito quanto às particularidades da memória. Oposta à reminiscência antiga e
ao habitus moderno.
O esquecimento se torna uma
potência positiva. Vontade de potencia é elevar a vontade À enésima.
Tanto o Dionísio de NIetzsche quanto o Deus de Kiekergaard rompem a dialética de Hegel. Querem a metafísica em movimento, do passar ao ato. Não serve para eles uma nova representação do movimento, que já seria
mediação, mas fazer do próprio movimento obra. Mudar representações mediatas
por signos diretos. Inventar vibrações, rotações, gravitações, danças, saltos.
Não refletem como Hegel sobre o teatro, nem fazer teatro filosófico, mas
inventam na filosofia um equivalente dele. O movimento real é representado, não
a oposição, não a mediação. Hegel põe o movimento do conceito abstrato, em vez
da physis e da psiche. Substitui a verdadeira relação do sin e do uni na Idéia
pela relação abstrata do part. com o conc. em geral. representa conceitos em
vez de dramatizar idéias. Desnatura o imediato e funda a dialética sua nesta
incompreensão. As sucessões especulativas substituem as coexistências, as
oposições recobrem e ocultam as repetições.
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