O ser não é gênero: mude-se o
modelo do juízo ao da proposição. Nela: sentido ou exprimido pela proposição.
Os expressantes ou designantes que são modos numéricos, isto é, fatores dif que
caracterizam os elementos dotados de sentido e designação.
Israel-Jacó: distinção real, mas
nada de numérico ou ontológico: formal, qualitativo o semiológico
[prefiro dizer que são duas
realidades, com dois significados diferentes, como a estrada numa e noutra
faixa não é a mesma, e na contramão é abismo e não caminho. Mas há casos de
diferença de significado com um só sentido]
3. É da essência do ser unívoco
reportar-se a dif individuantes, como o branco que reporta a intensidades diferentes
é o mesmo branco.
4. O ser se diz de um único
sentido em tudo que difere, e da própria diferença.
OS DOIS TIPOS DA DISTRIBUIÇÃO
1. Distribuição de propriedades
fixas e distibuição nômade. Logos e nomos.
[partilha do espaço entre os
sujeitos, distribuição dos sujeitos num espaço];
2. Não é o ser que se reparte nas
coisas, mas as coisas nele, na univocidade da simples presença (o Uno-Todo).
3. Distribuição mais demoníaca
que divina, mais salto que limite, desvio.
3.1. A distribuição nômade
perturba as estruturas sedentárias da representação.
4. Duas hierarquias: de limites e
proximidade do princípio, e de potência, capacidade do salto, da hybris, da
desmesura, do ir ao máximo. Anarquia coroada: tudo é igual.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONCILIAR
UNIVOCIDADE E ANALOGIA
1. Analogia: cumplicidade entre
as diferenças genéricas e específicas.
1.1. Mediação e generalidade:
identidade do conceito em geral e analogia dos conceitos mais gerais, nas
regiões médias do gênero e da espécie.
2. Analogia: incapacidade para
individuação.
2.1. Atribuição do fator
individuante a forma ou matéria (generalidades) já dada.
3. Univocidade: referencia
essencial e imediata ao fator individuante.
3.1. Natureza nômade do fator:
princípio transcendental, circulável entre matéria e forma, que constitui
provisoriamente e que desconstitui os seres.
4. Individuação e especificação:
diferenças diferentes.
4.1. Precedência da ind. sobre a
matéria e a forma, partes e espécies.
5. Univocidade: referencia
imediata do universal ao singular, em oposição à mediação recíproca do geral e
do específico.
MOMENTOS DO UNIVOCO: SCOTUS,
SPINOZA, NIETZSCHE
1. Scotus: ser unívoco como neuter,
indiferente a finito e infinito, singular e universal, criado e incriado.
1.1. Combate ao panteísmo, pelo
combate à analogia no juízo.
2. Distinção formal e modal:
qualitativa e quantitativa, unívoca e intensiva.
3. Spinoza: não neutro[mudez],
mas afirmação pura, Deus sive natura.
3.1. Teoria cartesiana das
substâncias: confusão de ontológico, formal e numérico (substância, qualidade e
quantidade).
3.2. Spinoza: substância,
atributos e modos.
3.21. A diferença real nunca é
numérica: qualidades da substancia una
3.22. A dif numérica nunca é
real: modos intrínsecos da substancia e seus atributos.
3.23. Modo: grau de potência, com
obrigação de desenvolver-se até o seu limite.
3.24. Atributo: comuns a
substancia e aos modos.
3.25. Ser: substancia (in se) e
modos (in alio).
A REPETIÇÃO NO ETERNO RETORNO
DEFINE A UNIVOCIDADE DO SER
1. Indiferença ontológica em
Spinoza: modos dependem da substancia, mas não vv.
2. Nietzsche: eterno retorno como
subversão categorial.
2.1. Retorno, mas não do
idêntico: o mundo da vp dissolve todas as identidades.
2.2. Retornar é o ser, mas do
devir.
2.3. Retornar não faz vir o
mesmo, mas é o Mesmo que devém.
2.4. Retornar, identidade como
potência segunda, identidade da diferença. Repetição.
3. Eterno retorno como princípio
seletivo das diferenças: só retornam as que o suprtam.
3.1. Quem retorna
a) Não é o todo, o mesmo ou a
identidade prévia em geral
b) O pequeno ou o grande, como
partes do todo ou elementos do mesmo
c) Mas as formas extremas, que
pequenas ou grandes, vão ao limite, e o excedem, passam no outro e o tornam
idêntico. Metamorfose.
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