Do
conjunto total de premissas, dois grandes grupos se destacam, na perspectiva
Aristotélica: as definições e as premissas. Ambas se complementam de modo a
formar o quadro das condições necessárias para o início do processo de
demonstração.
A
definição (horismos) é a apresentação
da coisa mesma, em seus limites (horos).
Definir é dizer o que a coisa é e, pois, tornar manifesto o que ela não é.
Se
eu digo que um homem é um animal racional, eu o excluo de uma série de
conjuntos. Nada que não seja animal pode ser homem. Tampouco, nada que não seja
racional.
Além
disso, distinguem-se do homem todos os animais não racionais, bem como todos os
seres racionais não animais, se os houver.
A
pressuposição (hypotesis) é o que se
faz com uma definição. É o tomar uma definição por dada.
Quando
um geômetra, no início do seu raciocínio, pede: “suponha um isósceles de base
igual a 5”, ele está tomando a definição de isósceles por estabelecida para
começar seu raciocínio.
Mais
ainda: supõe que não há impossibilidade ou contradição alguma em haver um isósceles
de base 5. A partir daí ele começa a demonstração.
Definição
e pressuposição são os princípios
próprios de uma ciência. Cumprem funções associadas.
De maneira didática,
pode se dizer que elas cuidam do quê
e do se da coisa. A definição diz o
que a coisa é, e a pressuposição diz se a coisa é.
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